O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou ontem, quarta-feira (15), o resultado da última Pesquisa Mensal do Comércio (PMC): o comércio varejista cresceu 0,6% em novembro de 2019. Vale ressaltar que os dados apresentados correspondem sempre à meses já decorridos.
Segundo a gerente de pesquisa do IBGE, Isabella Nunes, o crescimento de 0,6% é relevante porque manteve a taxa positiva pelo sétimo mês seguido, o que fez novembro registrar o patamar mais elevado desde dezembro de 2016. “Isso mostra que o setor vem mantendo a recuperação”, disse.
Na série com ajuste sazonal, quatro das oito atividades pesquisadas apresentaram crescimento de volume. Destacaram-se Artigos Farmacêuticos, Perfumaria e Cosméticos (4,1%), Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (1,0%) e Móveis e Eletrodomésticos (0,5%), impulsionados, principalmente, pelas promoções da Black Friday. Ainda com taxa positiva, frente ao mês anterior, encontra-se os Materiais para Escritório, Informática e Comunicação (2,8%).
Os destaques negativos ficaram com Tecidos, Vestuário e Calçados (-0,2%), e Combustíveis e Lubrificantes (-0,3%), ambos devolvendo uma pequena parcela do ganho acumulado nos dois últimos meses, respectivamente, 3,4% e 2,7 %. A atividade de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-4,7%) também registrou recuo nas vendas frente a outubro de 2019.
O setor mais representativo do varejo, Hipermercados, Supermercados e Alimentícios não cresceu em novembro.
Considerando o comércio varejista ampliado, o volume de vendas teve queda de 0,5%, frente a outubro de 2019, na série com ajuste sazonal, interrompendo oito meses de crescimento consecutivo. Para essa mesma comparação, o setor de Veículos, Motos e Peças Automotivas registrou recuo de 1,0%, descontando parte do avanço de 2,4% no mês anterior, enquanto Material de Construção apontou estabilidade, com variação de 0,1%, após aumento de 2,2% registrado em outubro do ano passado.
Especialistas afirmam que a primeira metade de 2019 representa uma base fraca para 2020. Portanto, as vendas não precisam atingir um patamar tão elevado para apresentar crescimento.
Guilherme Dietze, assessor econômico da FecomercioSP, elenca a facilidade de acesso ao crédito como um dos fatores fundamentais para a retomada do consumo neste ano. “Há cada vez mais consumidores utilizando o cartão de crédito, seja no crédito à vista ou parcelado. É preciso aumentar a oferta de pagamentos com as maquininhas e ficar atento às taxas”, recomenda.
A pesquisa completa está disponível aqui.
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