A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou os dados divulgados anteriormente e pontuou: as vendas de Natal de 2019 devem crescer 5,2%, com expectativa de 36,3 bilhões de arrecadação. Se as projeções estiverem certas, será o maior avanço desde 2013 (5%).
O Natal é a principal data comemorativa do varejo brasileiro, o recorde de vendas ocorreu em 2014, com R$ 36,5 bilhões movimentados. Segundo Fabio Bentes, o economista da CNC: “Essa expectativa mais favorável se deve a uma combinação particular de fatores indutores do consumo no curto prazo, neste fim de ano, tais como o atual patamar historicamente baixo da inflação, a ampliação dos prazos na concessão de crédito às pessoas físicas e a maior injeção de recursos extraordinários disponíveis para consumo após a antecipação do calendário de liberação de saques das contas do FGTS”.
As previsão quanto as vagas de emprego também é positiva, a taxa de absorção dos trabalhadores temporários deve crescer pelo quarto ano consecutivo. A previsão da CNC é que 26,4% dos trabalhadores ia sejam efetivados após o Natal de 2019. São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul lideram o número de postos de trabalho.
Em relação aos preços, a recente alta do dólar não deve impactar tanto na conta final, uma vez que o grau de rapasse é determinado pelo período de formação dos preços relacionados às compras de Natal, que ocorre entre julho e setembro. O reajuste, porém, sofre influência indireta de fatores administrados, como o preço dos combustíveis.
De acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) houve um aumento médio de 2,2% nos preços dos 12 meses encerrados em novembro, o que representa a segunda menor variação da última década.
Aparelhos telefônicos, bolsas, TVs, equipamentos de som e informática estão mais baratos do que no ano passado. Passagens aéreas, perfumes e produtos para a pele cresceram acima da inflação e devem ser os produtos mais caros deste Natal.
Entre os setores do varejo, destacam-se o hiper e supermercados com R$ 13,1 bilhões em arrecadação; lojas de vestuário com R$ 9 bilhões; e estabelecimentos de artigos de uso pessoal e doméstico com R$ 5,8 bilhões. A cada R$ 100 gastos no Natal, R$ 77 correspondem a esses itens.
Apesar do otimismo, os especialistas ainda pedem cautela em relação a uma retomada do varejo. “Nada para soltar foguetes ainda”, diz Luís Augusto Ildefonso, diretor da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). Ele também afirma que o país precisa prosseguir em suas reformas e aumentando sua eficiência para que o comércio tenha a melhora desejada.
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