A C&A é a empresa mais sustentável do Brasil em 2019, segundo o Índice de Transparência na Moda, realizado pela organização Fashion Revolution.
A avaliação foi realizada com base em alguns pontos como a questão ambiental, respeito pelos direitos trabalhistas, direitos humanos e salário. Na soma, a C&A atingiu 64% de êxito e por conta disso ocupa o topo do ranking.
Entre as iniciativas, destaca-se a campanha #VistaAMudança que visa criar moda de impacto positivo com base em 3 pilares: produtos sustentáveis, rede de fornecimento sustentável e vidas sustentáveis, promovendo a igualdade e diversidade, além de transparência nos resultados das ações.
Nas lojas C&A também existem urnas para destinação de roupas usadas, que, após avaliação, são enviadas para doação ou para a reciclagem. Uma iniciativa simples, que pode servir de exemplo para diversos negócios.
Em seguida no relatório, aparecem Malwee (55%), Renner (52%), Osklen (49%) e Havaianas (47%). Mas, de acordo com os organizadores, o resultado não foi satisfatório, pois não houve grandes avanços em relação ao ano passado.
“Observamos que 47% das empresas divulgam a descrição do processo de avaliação das instalações dos fornecedores, normalmente realizado por meio de auditorias especializadas. Há uma melhora muito pequena nesse resultado, em comparação a 2018, que indicava 45%. Em relação ao Índice global de 2019, que aponta 88% para esse indicador, notamos que a média brasileira está consideravelmente baixa” expõe o relatório.
No mundo, a empresa que mais se destaca na sustentabilidade é a Chr. Hansen Holding, companhia dinamarquesa de biociência. A lista das 100 melhores colocadas é realizada pela Forbes, levando em conta a redução da emissão de gás carbônico, desperdício, diversidade de gênero no conselho da empresa, receita derivada de produtos sustentáveis e sustentabilidade em geral.
Na vice liderança mundial também está uma corporação do mundo da moda, a francesa Kering SA, dona das grifes Gucci, Yves Saint Laurent e Alexander McQueen. Mais de 40% dos produtos advém de fontes sustentáveis certificadas e cerca de 60% do conselho de diretores da empresa é formado por mulheres – a média em grandes corporações não chega a 20%.
Prezar por um ambiente de trabalho e produtos sustentáveis é uma necessidade global e urgente, e as empresas que já estão revendo seus modelos devem se destacar nos próximos anos. Os consumidores, principalmente das gerações mais jovens, já consideram a responsabilidade ambiental da marca na hora de comprar.
“Ao serem mais transparentes sobre suas políticas, práticas e impactos, as marcas podem trazer seus consumidores e stakeholders para acompanhá-los nessa jornada, comemorando e apoiando o que estiver certo e questionando as áreas que poderiam estar melhores” categoriza o relatório da Fashion Revolution.
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