A luta pela equidade de gêneros não é nova — ao contrário, ela está aí desde, pelo menos, o século XIX. Apesar de um longo caminho percorrido na conquista de direitos, a nossa sociedade ainda tem muito chão pela frente quando o assunto é a liderança feminina nas organizações.
De acordo com o relatório “Women in business: beyond policy to progress”, publicado pela consultoria Grant Thornton, é inferior a um terço (29%) o número de empresas no Brasil com mulheres em cargos de direção. Apesar de estarmos melhores do que a média mundial, que é de 24%, esse ainda é um número muito baixo, principalmente considerando que as mulheres estudam mais do que os homens durante a escola e estão mais presentes nas faculdades.
Este artigo vai apresentar algumas mulheres de destaque, além de dar algumas dicas para quem deseja abrir espaço para a liderança feminina nas organizações. Inspire-se!
A importância de envolver mulheres nos negócios
Muitas pessoas ainda estão presas à ideia de que ter mais mulheres nos negócios está relacionado ao “politicamente correto”. Mas a realidade não poderia ser mais distante disso. A diversidade está diretamente ligada ao bom desempenho da empresa e até à sua capacidade de inovação.
Mulheres passam por situações de vida diferentes dos homens, têm necessidades e problemas diferentes ao longo da sua história. Por isso, conseguem enxergar o mundo sob um outro ponto de vista. Isso significa que elas podem apontar caminhos inovadores na tomada de decisão.
Outro ponto importante que essa diferença de perspectiva traz é a possibilidade de ver outras oportunidades de negócio que estão relacionadas à sua vivência. Para citar um exemplo, muitas mulheres têm alergia aos absorventes menstruais mais comuns no mercado.
Saber esse fato pode representar uma vantagem para uma empresa que queira começar a produzir absorventes higiênicos de algodão orgânico. Porém, por ser um assunto muito distante do universo masculino, é muito mais fácil para uma mulher ter esse insight.
A liderança feminina nas organizações tem também uma componente social importante. De acordo com um relatório da ONG Cohre (Centro pelo Direito à Moradia contra Despejos), a dependência financeira é um dos principais fatores relacionados à violência doméstica.
Muitas mulheres declaram não sair de casa por não terem como sustentar a si e aos filhos. A empregabilidade de mulheres e colocá-las em posições com boa remuneração é uma contribuição valiosa da empresa no quesito da responsabilidade social.
Mulheres de destaque para se inspirar
Mary Barra (GM)
Mary Barra é a CEO da General Motors Company desde 2014. Ela foi a primeira mulher a ocupar esse cargo numa grande montadora de automóveis, um setor muito associado aos homens.
Barra começou a trabalhar na indústria automobilística aos 18 anos. Nessa época, ela trabalhava na verificação de painéis de defesa e inspeção de capuzes e usava o salário para pagar a faculdade de Engenharia Elétrica, cursada no próprio General Motors Institute.
Em sua gestão, Mary tornou a GM mais tecnológica. Entre seus feitos, influenciou a construção de um veículo elétrico de baixo custo para o consumidor, o Chevy Bolt EV, e a Strobe, uma startup focada na tecnologia de carros sem motorista.
Sheryl Sandberg (Facebook)
Sheryl Sandberg é COO do Facebook e é uma das mulheres de destaque mais conhecidas no mundo dos negócios, não só pela empresa onde trabalha, mas pelos seus esforços para empoderar outras mulheres no mercado de trabalho.
Em 2013, ela publicou seu livro “Faça Acontecer – Mulheres, Trabalho e a Vontade de Liderar”. Na obra, Sandberg investiga as razões pelas quais o crescimento das mulheres na liderança está estagnado e oferece soluções práticas e para que outras mulheres atinjam todo o seu potencial.
A palestra da COO do Facebook no TED tem milhões de visualizações e é um material inspirador para as profissionais que desejam conquistar postos mais altos de trabalho:
Luiza Trajano (Magazine Luiza)
Conhecida como “a rainha do varejo” no Brasil, a paulista natural da cidade de Franca é uma das mulheres mais poderosas do país (e do mundo). Trajano assumiu a rede de lojas da família na década de 1980 e trouxe para o negócio uma série de inovações. Para citar um exemplo, o Magazine Luiza foi a primeira rede brasileira a ter um sistema de computação entre as lojas.
Ao longo de sua história, o Magazine Luiza foi o pioneiro na adoção de inúmeras inovações, como a construção do primeiro modelo de comércio eletrônico do Brasil. Atualmente, a rede dita tendências de mercado com a sua influencer digital, a Lu.
Além das suas habilidades como gestora, Trajano ocupa-se ativamente da inserção de mulheres em postos de tomada de decisão na sua empresa. “Para se tornar gerente de loja, a vendedora precisa passar pelo estágio de gerente em treinamento. Muitas tiveram de ser transferidas para outras cidades. Fizemos um plano de apoio aos maridos. Hoje, 30% dos gerentes de loja são mulheres”, ela declarou em entrevista à revista PEGN.
Dicas para incentivar a liderança feminina nas organizações
O LinkedIn realizou uma pesquisa e descobriu que os CVs de mulheres têm 13% menos chances de serem analisados para vagas. É claro que isso não é uma postura que os recrutadores tomam de forma consciente. Sem se dar conta, eles simplesmente deixam passar ótimas candidatas apenas pelo fato de serem mulheres.
Isso significa que quem deseja apostar na liderança feminina nas organizações precisa fazer um esforço ativo para garantir que as mulheres tenham as mesmas oportunidades dentro da empresa. Vale até incluir a equidade de gêneros no planejamento estratégico da empresa.
Coibir atos machistas
O machismo está mais presente no nosso dia a dia do que a maioria das pessoas se dá conta. Nas empresas, ele se manifesta quando mulheres são interrompidas por homens nas reuniões e não podem apresentar suas ideias, por exemplo. Ou quando um homem se “apropria” da ideia de uma colega e a apresenta como se fosse sua. Essas práticas precisam ser coibidas no ambiente de trabalho.
Integrar mães no local de trabalho
Um dos maiores fatores que leva à saída das mulheres do mercado de trabalho é a maternidade. Longe de ser uma escolha pessoal dessas mulheres, essa decisão normalmente se dá pela falta de apoio que elas encontram depois de se tornarem mães. Algumas ações contribuem para mudar esse cenário:
- Aderir ao Empresa Solidária e aumentar a licença maternidade para 6 meses e a licença paternidade para 20 dias;
- Ter um espaço de amamentação, para que as mães possam tirar e guardar o leite materno para seus bebês;
- Adotar uma política clara e severa de punição do assédio moral ligado à parentalidade;
- Oferecer um auxílio creche ou auxílio babá aos pais e mães que trabalham na empresa.
Fornecer um treinamento profissional em vendas
As mulheres têm uma participação expressiva no mercado de vendas. Nas vendas diretas, elas representam 90% das profissionais, segundo dados da ABEVD (Associação Brasileira das Empresas de Vendas Diretas). Para terem uma carreira ainda mais promissora e alcançarem cargos de gestão, é fundamental que essas trabalhadoras tenham uma formação profissional em vendas.
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