Por que as empresas terão que se humanizar para sobreviver?

A humanização nas empresas já era uma tendência, mas com as mudanças do mundo, se tornou obrigatória para que os negócios sobrevivam. 

A pandemia do Covid-19 exige a revisão de tudo o que sabemos sobre administração de empresas. Num espaço curtíssimo de tempo, mudanças radicais nas vidas pessoal e corporativa criarão novos hábitos e comportamentos absolutamente imprevisíveis, seja no âmbito individual ou coletivo. 

Administração de empresas, ciências econômicas e contábeis, essenciais às companhias, demonstram cada vez mais porque se originam das ciências humanas, dependentes de equipes engajadas e comprometidas com o que fazem.  Então, a saída para que a economia mundial não entre em um colapso total está justamente aí: nas pessoas, na humanização dos processos. 

O que é humanização nas empresas?

A humanização nas empresas se refere a forma como a corporação trata os seus funcionários, clientes e fornecedores. Antigamente, existia uma mentalidade compartilhada por muitos empresários de “ganhar vantagem” em cima destas 3 categorias. 

Contratavam funcionários que trabalhavam muito e ganhavam muito pouco, tratavam os clientes como uma massa que serve para gerar receita, muitas vezes, os produtos e serviços oferecidos eram de péssima qualidade, e faziam os fornecedores baixarem o preço o máximo possível. 

Com o crescimento da concorrência e a ampliação do uso da tecnologia no dia a dia, as empresas tiveram que se adaptar e melhor as relações com essa tríade que é a base para que um negócio permaneça de portas abertas. 

Assim, as corporações começaram a investir para criar um ambiente agradável para os funcionários trabalharem e desenvolverem as suas atividades diárias com muito mais vontade e produtividade. Os clientes começaram a ser enxergados como seres individuais que possuem diferentes necessidades e que devem ser protagonistas das estratégias empresariais. Já os fornecedores começaram a ser encarados como peça chave para que uma empresa seja sustentável e bem-sucedida. 

A humanização nas empresas é imprescindível para que o empreendedor entenda que a satisfação financeira pode ser o grande objetivo, no entanto, não é necessário construir uma relação negativas com as partes importantes para isso. Assim, clientes, colaboradores e fornecedores são vistos como aliados para atingir os objetivos. 

Vantagens da humanização nas empresas

A humanização nas empresas não traz vantagens apenas para os grupos mencionados anteriormente, mas para  a própria corporação. O primeiro benefício é a redução da rotatividade. É muito prejudicial para a empresa perder colaboradores que já estão adaptados, pois eles já estão engajados com as metas e objetivos da empresa. 

Além disso, a grande rotatividade aumenta a taxa de turnover, que demonstra o nível do “entra e sai” na sua empresa. Uma gestão humanizada colabora para que você tenha funcionários mais comprometidos e felizes, o que resulta em um aumento da produtividade. 

Empresas que são bem avaliadas pela equipe acabam sendo conhecidas por outros profissionais no mercado e se tornam um local desejável para trabalhar. Assim, fica muito mais fácil atrair novos talentos altamente qualificados que estão buscando por empresas modernas. 

Para saber sobre os benefícios de manter uma boa relação com os clientes clique aqui. 

Mudança na sociedade que vão impactar a humanização nas empresas empresas

É certo que o modo como as pessoas reagirão definirá o futuro da economia mundial. Esta que passou a ser menos globalizada e começa a caminhar para negócios mais locais. Nesse contexto, planejamentos, metas e workflows terão que ser repensados e reavaliados a toque de caixa. Em suma, o objetivo é que a organização possa reagir de modo positivo às severas fricções internas e externas que irão se impor nos próximos meses. 

Então, empresas com baixo grau de automação de processos e organogramas funcionais com vários níveis hierárquicos terão de se reinventar muito rápido para sobreviver. 

Tudo que se construiu de cultura, política e engajamento do time antes da pandemia será a base para seguir adiante. O nível de engajamento e aderência do time aos ideais da organização determinará, em grande parte, a capacidade de realizar trabalhos com sinergia e assertividade em ambientes colaborativos. Isto, especialmente em tempos de quarentena, em que o home office proporciona ampla autonomia ao colaborador. 

Nesse contexto, a clareza de visão do líder deverá ser capaz de separar o essencial do supérfluo. Isso é importante para que possa liderar à distância, rever processos visando atingir os objetivos e manter a união da equipe, que terá de aprender a reorganizar sua rotina. Levarão vantagem organizações que já possuam equilíbrio entre tecnologia RPA (Robotics Process Automation) e time multifuncional.  

Esse ponto de equilíbrio, abstrato e concreto ao mesmo tempo, pode ser considerado um ponto crucial para uma empresa da economia digital. Por conseguinte, cabe aqui ressaltar que todas as empresas do futuro deverão criar produtos, serviços e soluções aderentes a essa nova maneira de fazer negócios, que tem como pilares a sustentabilidade, a colaboração e a visão social.

Transformação Digital

Ainda falando de transformação digital, quanto mais se investe em automação de processos, maior devem ser desenvolvidas outras atividades. Como a capacidade de liderança e engajamento dos colaboradores, o investimento em treinamento, o desenvolvimento de competências, visando tornar as equipes multifuncionais, independentes e inteligentes. Nesse contexto, o gerenciamento de emoções é o grande diferencial do líder, que somente consegue envolver ou liderar outros se for capaz de se envolver e auto liderar primeiramente a si mesmo. 

Além disso em um futuro próximo, os líderes mais uma vez farão diferença, desde que consigam alinhar pensamento, palavra e ação com coerência e exemplos. Assim, aqueles com dificuldade de lidar com vulnerabilidade terão uma lição de casa extra, haja vista a necessidade de lidar cotidianamente com situações inusitadas, sem precedentes e desafiadoras. 

Antes, decisões tomadas pela lógica, visando somente atingir metas e entregar resultados, maquiavam prejuízos intangíveis às planilhas. Daqui para frente, esses prejuízos aparecerão imediatamente. Portanto, somente serão viáveis as organizações que consigam harmonizar essas dimensões tidas até hoje como aparentemente antagônicas, mas que, na verdade, são aspectos da mesma realidade. 

Dane Avanzi é advogado, empresário de telecomunicações e diretor do Grupo Avanzi.

*Matéria enviada pela assessoria de imprensa e adaptada pela equipe do IEV

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